Jalapão 2019

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Fervedouro Bela Vista - Jalpão 2019

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Chapada Diamantina - 6. Parte Andaraí - Pantanal Marimbus e Cachoeira do Roncador

Pantanal Marimbus
Na noite anterior fui convencido pelo Helder para aproveitar o dia seguinte em Andaraí. Havíamos conversado sobre a questão do turismo em Andaraí e o Vale do Pati que não pude fazer. Depois do excelente café da Ana saímos de kombi até o sítio que eles adquiriram, onde há o trabalho de recuperação do local que havia uma olaria e o espaço que está sendo preparado para um museu do Pantanal Marimbus. Dali seguimos até encontrar o Genivaldo que me levaria até a saída de canoa canadense pelas águas do Pantanal Marimbus.

Passeio, fotos e fatos da região, banho no lago e as 11:00 h estava de volta. Caminhei quase 3,0 km até a entrada do sítio onde tem uma barraca junto a rodovia. O Helder e a Ana cobriam a folga do vendedor. Fiz um lanche de esfiha de palma e de frango. No meu pé a cachorra Nina esperando algo. Logo parou um grupo que veio até eles para comprar mel, nisso até providenciei meu pedido também. O mel nessa época está pouco porque a seca não teve florada.

As 13:00 h o Helder me deu uma carona até o rio Garapa que fica do outro lado da rodovia. A idéia era eu seguir uma trilha pela estrada até a cachoeira Roncador, passando pela fazenda de mesmo nome. Um senhor que lá que me atendeu disse que o rio estava mais cheio pela chuva e deveria me cuidar ao entrar na água.


Subindo a trilha passando por de trás da casa segui até a primeira parte num local conhecido por Caldeirões.



Confesso que fiquei um pouco confuso de até onde poderia ir e onde poderia entrar na água. Depois de várias fotos e entrado na água resolvi ir mais acima.


Na volta fiz fotos do final da cachoeira depois de sair da fazenda saindo a esquerda ao encontro do rio.


De fato as oportunidades em Andaraí são variadas e 01 dia é pouco para aproveitar tudo. Na pousada Sincorá tem muita informação. O Helder ajudou o Roberto Sapucai na informação dos mapas da Chapada, além de dar curso de orientação para os guias da região. A formação dele é em Cartografia.

Dia seguinte saída para Salvador as 05:30 h da manhã.

E assim me despedi de duas semanas de Chapada Diamantina, com imprevistos, sorte e pessoas excelentes que conheci e mencionarei na parte de comentários da viagem.



Percurso trilhado no GPS




Veja também mais da Chapada Diamantina:

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Chapada Diamantina - 5. Parte - Cachoeira do Buracão - Férias



Um dos objetivos da minha viagem na Chapada Diamantina era conhecer a cachoeira do Buracão. Enquanto estava em Mucugê a 80 km da cidade de Ibicoara-BA, não tive sucesso de ir até lá. 

Depois que cheguei em Lençóis, procurei as agências para saber quem iria até lá. A única que teria um casal foi a agência Volta no Parque. Detalhe a cidade de Ibicoara estava aproximadamente a  200 km, mais distante e mais possível. Além de ir a região na volta precisava ficar em Andaraí, pois parte da minha bagagem havia ficado na pousada Sincorá, na chegada do Vale do Pati, que não aconteceu, além da passagem para Salvador, que partiria de lá.

No dia seguinte ficou combinado de sairmos as 8:00 horas com o guia Tiago. Me despedi da dona Eulina que em Lençóis foi o ponto alto pela sua delicadeza e cuidado com os hóspedes.

Assim seguimos até a cidade de Mucugê e pegamos o lanche de trilha, que para mim foi surpresa. Depois mais o percurso passando pela região agrícola irrigada. Com o detalhe impressionante de paisagem de plantações que lembram a rodovia para região oeste do Paraná. 

Na chegada a Ibicoara, paramos na agência Bicho do Mato. Eu havia feito contato com essa agência antes de viajar para a Chapada. Na agência pegamos o guia William. Um detalhe é que na Chapada se você vai para outra cidade tem que pegar o guia de lá. É uma maneira de movimentar a economia , ou seja o uso de guias das cidades, mesmo que não seja tão necessário, porém eles são preparados para primeiros socorros.

Da cidade de Ibicoara seguimos 30 km por estrada de chão passando pela serra da Bocaina, aliás até estranhei mas a expressão Bocaina significa uma passagem entre montanhas. Da parada do carro seguimos uma trilha de 2,5 km.


Depois descemos os paredões com escadas instaladas, no caminho um filhote de jararaca.



Na chegada abaixo o Tiago me perguntou onde estava a cachoeira que me enganei na direção. Nesse local fizemos uns tibuns no rio.

Sou eu mesmo pulando

Subimos pelo rio nadando com coletes enquanto o William foi por cima tirando fotos. Isso mesmo quem não quer ir nadando pode atravessar a ponte acima e seguir pelo paredão que lembra pilhas de panqueca.

Chegando lá a cachoeira tão esperada da viagem e fotos muito boas, onde tem uma sequência do meu pulo no rio. Depois subi nadando até a queda da água, que é uma água aquecida pela lage de pedra. mais fotos e retornamos para o lanche e retorno até o carro.



Na estrada teríamos a foto que me atraiu para a Chapada Diamantina. Era o mirante do Campo Redondo. A luz do final do dia não era tão boa mas é uma foto impressionante.


Na chegada em Ibicoara uma parada no mercado e lanchonete para um bom café de Ibicoara, que fiz questão de comprar, do tipo orgânico ao preço de R$ 7,50 os 250 gramas.

Na volta ficaria em Andaraí, gravei um vídeo sobre o email do casal de São Paulo, só me lembro o nome dela Fabíola, para lhes enviar algumas fotos que não conseguiram tirar com a máquina deles. O pessoal seguiu adiante para pousar em Igatu.

Depois de uma volta na cidade de Andaraí cheguei a pousada do Helder e da Ana. Tava com um pensamento de adiantar a passagem para Salvador, mas logo o Helder me convenceu a aproveitar a cidade e suas belezas no dia seguinte.


Trilhado no GPS


Veja também mais da Chapada Diamantina:

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Chapada Diamantina - 4. Parte - Lençois - Férias

1. Dia em 28/05/2012 - Poço Encantado, Gruta Lapa Doce, Gruta Azul, Lagoa da Pratinha e Morro Pai Inácio .

Ainda na noite anterior em Lencóis programei um passeio com a operadora Volta ao Parque. Seria o que chamam de Roteiro 01 que vai ao Poço do Diabo, Gruta Lapa Doce, Gruta Azul, Lagoa da Pratinha e Morro do Pai Inácio.

Soube também que teria companhia de uma viajante que estava na pousada a Flávia da capital de São Paulo. 

No dia seguinte depois do excelente café da pousada saímos pada encontrar o grupo que iria no passeio. Encontramos pessoas legais no passeio, um casal de Alagoas e um casal de São Paulo. Fizemos a primeira parte no Poço do Diabo com o guia Kelmo.

No poço aproveitei para um banho de rio modesto sem querer muito a frente.

Poço do Diabo

Seguimos depois o que estranhamente foi para o morro Pai Inácio. Normalmente esse local é o último por causa do pôr do sol. Mais tarde descobriríamos o porquê.


Depois  a Gruta Lapa Doce.


Na Gruta Lapa Doce almoçamos com novidade de cozido de palma (cactos) parecido com vagem cozida.
Depois seguimos para a Gruta Azul e Lagoa da Pratinha que estava com a água turva. Dias depois em Andaraí fui descobrir com o Helder que na hipótese a irrigação na região deve ter afetado a água da região.
Essa situação fez cancelar o mergulho na Pratinha, mas o horário que chegamos lá seria ruim porque era final da tarde, com menos luz, quero crer que o guia já sabia da situação e provocou toda essa mudança.

Voltando para Lençóis fomos recebidos com um cafezinho e biscoito da pousada e ficamos conversando com o Ricardo e outros hóspedes como um casal BRA- AUS que fizeram um passeio a pé no dia. Logo saí para resolver minha situação que era ir a cachoeira do Buracão e ficar na pousada Sincorá em Andaraí daqui a dois dias.

E de final do dia um jantar no restaurante argentino El Jamiro, a opção de los hermanos parecia boa e eu e a Flávia não precisamos andar muito.


2. Dia 29/05/2012 - Trilha Cachoeira do Sossego e Ribeirão do Meio

Nesse segundo dia de aventura em Lençóis-BA eu me meti na opção da Flávia. A Flávia teve a indicação de uma amiga de um guia para ela enquanto estava na Chapada., o nome dele ou como se intitulava era Haribol.

Eu, dona Eulina (pousada) e a Flávia

Eu, a Flávia e o guia saímos pela rua da Baderna, aliás esse é um dos nomes da rua da pousada Safira em direção a igreja e seguirmos outra rua que chega a uma região de casas arquitetônicas, uma delas do dono da loja de equipamentos de aventura de gosto duvidoso. Logo pegamos uma trilha ao lado de uma cerca de arame. Ao longo do caminho o Haribol ia chamando a atenção sobre os cheiros e plantas. Uma até identifiquei pelo cheiro que é a cânfora. Mais a frente num lageado paramos para ele buscar uma planta que para a Flávia foi o alívio do dia. Era a arruda-brava. Essa planta ao esfregar na mão e inspirá-la causa após alguns segundos uma sensação como de uma pontada na cabeça e lágrimas nos olhos. Para a Flávia foi o alívio da rinite. Deveria ter filmado nosso momento "as plantas que curam".

Seguimos adiante, com mais histórias do Haribol que disse ter estudado no mosteiro da região. Paramos para ele pegar água que descia por um lageado.

Flávia e o guia Haribol


Rocha conglomerado de pequenas pedras

Mais a frente estávamos diante da cachoeira do Sossego, num percurso de 7,0 km feito em 03:15 horas desde a pousada. O Haribol logo achou uma cobra cipó filhote.


Uns tibuns na água e mais fotos. Estavam na cachoeira quando chegamos 01 rapaz e 02 garotas franceses. Aliás dizem que os franceses gostam muito de ir a Lencóis.

Enquanto explorava o local o Haribol preparava nosso lanche, a base salada de frutas feitas na hora sobre uma pedra que serviu de mesa de preparo.


Ficamos um tempo na cachoeira até o sol ficar bloqueado pelos paredões e resolvemos voltar. No caminho o desvio para o Ribeirão do Meio que é uma cachoeira num tobogã de pedra onde as pessoas sobem e descem escorregando. Eu só fiquei na água. Logo o Haribol apareceu com pedras de diamante para nos mostrar.

Retornamos para pousada. Mais a noite fui com a Flávia para um jantar típico do nordeste: carne de sol, e feijão tropeiro no Bar e Restaurante Grisante. O casal de Alagoas, do primeiro dia apareceu, e ficamos conversando.

Assim terminou minha opção por Lençóis. Me despedi da Flávia que nos próximos dias faria o Vale do Pati com o Haribol.


Percurso trilhado no GPS



Veja também mais da Chapada Diamantina:

Chapada Diamantina - 1. Parte - Mucugê-BA de 21 a 23/05/12

sábado, 26 de maio de 2012

Chapada Diamantina - 3. Parte - Vale do Capão, Cachoeira da Fumaça - Férias

Na noite anterior depois da trilha de mountain bike fui deixado na localidade de Nova Guiné, na pousada simples Dona Nenza. Eu estava no lado oeste do Parque Nacional da Chapada Diamantina para no dia seguinte conseguir uma carona até Palmeiras e depois o Vale do Capão. Meu celular não funcionava na região, aliás desde Mucugê porque a TIM não tem sinal nessas regiões. Fui fazer uma ligação do telefone público para o Dmitri mas não consegui.

Seguindo para o outro lado da Chapada

Depois de passar a noite acordei cedo para o café e tentar uma carona. Nunca havia pedido carona na vida e a experiência seria uma novidade. Até as 10:00 h eu não obtive sucesso e começava a ser um exercício de paciência. Quando apareceu um carro de uma operadora de turismo na demora de retronar, eu descobri uma internet comunitária onde aproveitei para ver as últimas notícias. Foi então que soube que o Dmitri havia cancelado a trilha do Vale do Pati porque uma pessoa do grupo estava doente e também acredito que a greve dos ônibus de Salvador, que afetaram as linhas interestaduais, devem ter atrapalhado o grupo. Assim o Vale do Pati para mim estava aos poucos se cancelando mesmo na recomendação do Dmitri que poderia haver saídas para o Pati a partir do Vale do Capão.

"Vale do Pati: a oportunidade surgiu para mim depois que já havia decidido pela viagem a Chapada Diamantina. Quando fui comprar um material na Territorio Mountain de Curitiba, fui atendido pela Carin que viveu 4 meses na região. Ela então me passou o contato do Dmitri - Chapada Treking que combinamos e conversamos pelo Facebook, para eu fazer a Trilha do Vale do Pati de 5 dias do Vale do Capão até Andaraí."

Voltei a pousada e nisso passou uma Toyota de uma operadora de turismo que provavelmente levou interessados para sair pro Vale do Pati a partir de Guiné. Na volta desse veículo pedi uma carona paga e antão entendi porque se cobrava tanto para chegar a Palmeira. O trecho de Nova Guiné a Palmeira é muito ruim.

Chegando a Palmeira ganhei uma carona local de um senhor Raí até uma lotérica para pegar dinheiro e esperar num bar o ônibus local para o Vale do Capão.

Chegando no Vale do Capão desci na pousada Pé no Mato que fora recomendado pela Cleuza em Mucugê. Passei a noite e combinei de pegar um guia para ir a cachoeira da Fumaça no dia seguinte.



Dia seguinte, depois de uma confusão se teria café da manhã, porque eu estava sozinho na pousada, aguardei o guia Gean até a ACVC - Associação dos Condutores do Vale do Capão. Fiz meu cadastro e contribuição de dinheiro e seguimos subindo o morro. No caminho conversei muito com o Gean sobre o turismo na região. Aliás essa trilha foi a mais conversada que eu fiz.



Chegando no alto fiz algumas fotos e vídeos de um lado da cachoeira. Ao contornarmos para o outro lado a placa de limite de acesso na travessia do rio estava solta. Providenciamos o conserto, foi um ato bem legal.


O canivete Suisso foi útil.


Depois na famosa pedra fiz algumas fotos no local.


No retorno a Caeté-Açu almocei e jantei no restaurante Dona Beli e já tinha notícias que a greve de ônibus acabaria, porém ninguém sairia do Vale para Palmeiras até a confirmação.

No dia seguinte depois de tomar um café no seu Nelson ao lado da lanchonete Dreger que vende passagens soube que os ônibus voltaram ao normal e decido sair do Vale do Capão em direção a Lençóis no plano B da viagem.

Em Palmeiras com o celular funcionando liguei para Fabi para saber o nome da pousada que ela havia ficado, pousada Safira. Ao chegar em Lencóis já fui abordado por um guia que me levou até a pousada. Chegando lá conheci a famosa senhora e fui recebido pelo seu amigo Ricardo que estava a ajudando em outra pousada do filho. Me acomodei no quarto, fui almoçar e procurar passeios na região.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Chapada Diamantina - 2. Parte - Mountain Bike de Mucugê a Andaraí - Férias

No primeiro dia em Mucugê procurei a pessoa que fez o passeio de MtB com a Fabi. O nome dele é Joab e conversamos sobre as possibilidades. Estipulei a quinta-feira para o pedal porque o tempo estaria mais firme. Ainda conversamos sobre o percurso e os valores. Como íamos para Andaraí que seria meu retorno do Vale do Pati eu aproveitaria para deixar alguma bagagem na pousada.

O Joab tinha a proposta de sair pedalando de Mucugê subindo 10 km até o inicio da trilha ou subirmos de carro até lá. Como já havia passado no local no primeiro dia achei melhor pedalarmos a partir do alto. Saímos cedo até onde é conhecido por serra do Cascalhado, que foi um local de retirada de pedras para construção do asfalto da rodovia ali próximo. Estávamos do lado da área do Parque Nacional da Chapada Diamantina. 



Fomos pedalando até começar o caminho de ligação de Mucugê a Andaraí num trecho calçado de pedra que remonta o antigo percurso dos garimpeiros desde o descobrimento do diamante na região. Foi descida o tempo todo num vale com paisagem típica da região. Alguns trechos de muito desnível que eu  desmontava da bicicleta e seguia empurrando ou segurando. Eu estava no inicio da minha viagem e não queria me machucar sério. Enquanto isso o Joab seguia normal. Aliás um detalhe do cuidado dele é que sempre avisava de algum obstáculo que oferecesse risco. Lembrei do comentário da Fabi quando ela fez o mesmo trecho na semana do carnaval.



Um pouco de história da região a partir da fase do garimpo, como as tocas ao lado do rio onde os garimpeiros se alojavam, a questão de como o rio Paraguaçu ficou assoriado, se bem que isso devido a extração com máquinas nos anos 80 que encerrou com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina, que fui saber melhor no último dia da viagem na Chapada.



Após passar um córrego, um antigo cemitério dos bexiguentos (varíola) e uma ponte chegamos a Igatu que é uma localidade pertencente a Andaraí. Nas primeiras casas de pedra que são atrativos da região, me deparei com um carro de Curitiba. 

carro de Curitiba e ao fundo uma casa com janela e porta de pedra


Ele pertence a esposa do ourives  Cristiano que fui conhecer na chegada a praça de Igatu. O Cristiano tem um atelier de jóias e bijouterias de motivos da região. 



Fiz umas fotos do atelier e depois dei uma volta na praça que estava sendo pintada para a festa do Divino. parei num bar para tomar alguma coisa e surpresa foi a Tubaína, onde o dono e seu amigo tiravam pressão com aparelho digital e pedi que visse a minha que foi 14 por 8 para quem estava pedalando, depois segui mais adiante no centro de informações turística onde o atendente me ofereceu estórias manuscritas. Ah havia falado do Dmitri com o Cristiano por causa que faria o Vale do Pati.



Saímos pedalando em direção a Andaraí mas antes paramos na Galeria de Arte ao céu aberto depois da igreja e junto as ruínas de antigas casas de pedra.

Paramos para eu conhecer o local, que é bem recomendável e muito interessante. No final tomamos um café da região o Piatã, que tinha pacotes de de 250 g a 18 reais, isso mesmo.



Retornamos a trilha descendo e talvez pelo estímulo do café me empolguei e mais a frente caí de frente depois de bater numa pedra por não conseguir empinar a roda dianteira a tempo. Meu mergulho ao solo foi lento e bem absorvido com apenas um leve esfolamento no joelho e mais a noite uma dor no punho. Mas que consegui continuar pedalando normalmente. A trilha seguinte tinha variações de pedra e areia e alguns topos empurrados até chegarmos ao asfalto da rodovia e seguirmos cruzando o rio Paraguaçu numa parada conhecida por Toca do Morcego. Aliás Andaraí que dizer rio dos Morcegos. Na Toca do Morcego fiz fotos do local e depois de um refrigerante colocamos as bicicletas no carro e seguimos até a pousada Sincorá onde conheci o Helder e a Ana e deixei meus pertences para pegar noutra ocasião.

Rio Paraguaçu ao fundo na Toca do Morcego

Voltando a cidade de Mucugê fui almoçar as 15:00 h no restaurante Dona Nena muito recomendado. Depois voltei a pousada Casa da Roça para um banho e pegar minha bagagem pois aproveitaria uma cortesia ( no preço) ainda do Joab para a localidade de Guiné rumo ao Vale do Capão no dia seguinte para encontrar o grupo do Vale do Pati.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Chapada Diamantina - 1. Parte Mucugê-BA - Férias

Rio Cumbuco em Mucugê-BA
Certa vez,  eu vi uma foto que me impressionou. Não sei se foi na revista Aventura e Ação, mas era foto de uma pessoa com mochila numa ponta de pedra fotografado debaixo na impressão que estivesse numa rampa ao ar livre. Essa foto e esse local me impressionaram, era uma das regiões da Chapada Diamantina na Bahia. Desde então coloquei essa região nos meus planos e listei aqui no blog, que depois de realizada deu lugar a um novo objetivo de viagem na mesma região.

A mesma foto inspiradora aparecerá num dos relatos apenas com a diferença de luz da região por ter sido feito num final de tarde.

Nas próximas postagens vou relatar como foi a façanha de viajar fora do período da alta temporada, na sêca que afetava a região, os imprevistos e a sorte de como deve ser um mochilão.


1. Dia- Mucugê-BA 21/06/21012, Poço Azul, Poço Encantado e Projeto Sempre Viva.

Normalmente quem vai a Chapada Diamantina tem como referência a cidade de Lençóis. A minha amiga Fabiane Felizari havia ido na semana de carnaval de 2012 para fazer alguns passeios de mountain bike. Baseado na experiência dela eu decidi ficar na cidade de Mucugê. Uma cidade de altitude parecida com  a de Curitiba-PR, com  frio no inverno que requere uma blusa e garoas variando no período. Também porque desejava ir a cachoeira do Buracão e estava na metade do caminho do contrário se tivesse ido a cidade de Lençóis.

Eu havia saído no domingo 20/05 as 13:40 h de Curitiba e cheguei a Salvador as 18:30 h, seguindo direto para rodoviária para pegar o ônibus as 20:30 h até a cidade de Itaberaba-BA e trocar de ônibus para saída as 00:50 h e chegar a pousada Casa da Roça de Mucugê as 04:30 h da manhã do dia 21/05. Fui dormir as 05:15 h para acordar as 08:00 h da manhã. Foi uma viagem bem cansativa.

De primeira após o café, eu fui até a agência Calango para saber dos possíveis passeios. A primeira Poço Azul e Poço Encantado. Saber também de algum passeio de bicicleta, onde conheci o Joab que fez o passeio com a amiga Fabi, e a possível saída para a cachoeira do Buracão. Bem como é baixa temporada as saídas de Mucugê são bem dificeís, pois não tem público na cidade e quem viaja sozinho tem que bancar os deslocamentos, começou a ser frustrante essa escolha da cidade.

A saída para o Poço Azul e Poço Encantado foi de carona de moto. Havia a expectativa de começar mesmo dormindo pouco. Na primeira parada mergulho no Poço Azul e as fotos que desafiam a imaginação sobre flutuar.

Poço Azul


No Poço Encantado só pode ser feito o visual do lago com seus 60 metros de profundidade no meio e 30 nas laterais que custei a entender, em que o fundo nas laterais é o reflexo do teto.

Poço Encantado


Almocei no Poço Encantado, com carne de bode e bovina além de conhecer o bodó de banana que é um preparado cozido de banana e temperos. No retorno no final da tarde na última hora paramos no Projeto Sempre Viva para uma visita ao trabalho de história, pesquisa e tentativa de repor na região a flor Sempre Viva, espécie endêmica de Mucugê. Que quase foi extinta por ter substituído o diamante na economia da região.

Sempre Vivas.

Voltando a Mucugê fui conhecer o Roberto Sapucai, numa dica da Ana e do Helder da Pousada Sincorá de Andaraí. O Roberto tem uma loja que é a Trilhas e Caminhos perto da prefeitura. Ele é um dos responsáveis pelos diversos mapas da Chapada Diamantina. Meu interesse eram três coisas: Levar parte da minha bagagem para a pousada de Andaraí por causa do fim do Vale do Pati, saber como ir ao Vale do Capão e descobrir mais pessoas para ir a cachoeira do Buracão em Ibicoara.. Não tive boas notícias por causa da disponibilidade e do custo.

A noite fui jantar no restaurante Sabor e Arte uma das boas opções pelo dia e pela noite.



2. Dia - Fotos pela Cidade, e Subida ao Morro do Cruzeiro em 22/05/2012





Meu segundo dia em Mucugê foi de tentativas de ir a outras locais, mas não estava fácil. Resolvi pela manhã fazer algumas fotos, pois de todas as cidades da Chapada Diamantina, Mucugê foi a que manteve o casaril mais preservado ao longo do tempo e qualquer alteração na fachada das casas seguem exigências o IPHAN.

Caminhei e fotografei pela manhã até a hora do almoço. Na parte da tarde fui até o morro do Cruzeiro na dica do Roberto Sapucai, e eu aguardei até o meio da tarde pois o tempo variava muito. A trilha fica ao lado direito do cemitério Bizantino.


A noite aproveite para ir no restaurante Point da Chapada. Um local requintado com opções de pratos e pizzas e pertence a Janete (prima da Neuza da pousada). No jantar uma pizza de marguerita e lombinho e vinho, porque nessas férias ninguém é ferro.

Percurso trilhado no GPS



3. Dia - Trilha da Cachoeira das Andorinhas e Sete Quedas em 23/06/2012.

Fiz o café da manhã bem cedo para tentar pegar o ônibus para Ibicoara, mas ele saiu as 6:50 h da manhã, bem mais cedo que eu esperava. Retornei a pousada conheci a Cleuza que estava viajando de férias e chegou a Mucugê na noite anterior. Ela é sócia da pousada Guapuruvu que fica na Ilha Grande-RJ. Depois do eu fui ao ACVM- Associação dos Condutores dos Visitantes de Mucugê , para saber da opção de passeio para a cachoeira das Andorinhas e Sete Quedas do rio Cumbuco. Chamei a Creuza para acompanhar o passeio com o guia Petrônio. A trilha começa junto a rodovia que passa ao lado da cidade num portão de ferro. No percurso as histórias da região e a cachoeira da Andorinha onde fiz um mergulho. A temperatura do dia estava amena tanto que na sequência dos saltos também só eu entrei na água.

Atrás a Cachoeira das Andorinhas com pouca água.


Efeito chá noutro tibum ao longo das quedas do rio

Mais a frente terminamos perto da Casa do Diamante que é um espaço que demonstra os equipamentos e de como o diamante era lapidado. Uma casa encaixada num buraco nas pedras no alto, as margens do rio, onde o diamante era lavrado. Retornamos a cidade num percurso que começou as 08:30 h e terminou as 15:15 h.

Fotos do período.


Trilhado no GPS



Veja também mais da Chapada Diamantina:


sábado, 5 de maio de 2012

Morro Capivari Grande Numa Tarde

Vista do Capivari Grande para o homônimo Médio
O dia da super lua cheia foi do desejo de sair para alguma montanha. Mas levantar 10:30 h da manhã é um tanto atrasado para uma boa trilha. 
Nessa hora as redes sociais acabam contribuindo. Mais que derrepente no Facebook o Mildo me aciona perguntando se queria ir no começo da tarde para o morro Capivari Grande.
Um convite inesperado e aceito. Logo eu fui me organizando no que levar. Não digo que não deixei algo importante em casa como as luvas, que desde a minha ida ao morro Castelo dos Bugres me fez perceber a importância.

Quanto ao morro Capivari Grande, eu havia lido algo no blog do Pedro Hauck. Esse morro fica depois da represa Capivari da COPEL. A entrada é numa estrada logo após o posto de gasolina Alpino.

aqui o carro não subiria


Tentamos subir de carro, mas até a metade, pois parte da concretagem se perdeu num trecho com barro liso que só um 4x4 conseguiria passar. Isso fez voltarmos ao posto da BR-116 para deixar o carro. Então as 14:10 h começamos a subir a estrada até as torres de telecomunicações. Após passarmos o trecho de barro encontramos um Gol estacionado que dever ter passado no local, foi quase depressão. Em 01 hora estávamos nas torres de telecomunicações. Continuando subindo encontramos um grupo de estudantes de biologia que perguntaram se também éramos biólogos para estar ali. Depois descobrimos que eram estudantes de Santa Catarina.

morro abaixo estudantes retornando


Subida a frente chegamos no local que os biólogos de antes chamaram de mata nebular. Mas comentamos que aqueles estudantes não devem ter seguido em frente, porque eles estavam limpos, o que no nosso caso até chegar ao cume foi impossível de se preservar, em meio a trilha molhada. 

No total de 02 horas de subida estávamos assinando o livro do cume, com o visual parcial pela formação de neblina.

chegada junto a caixa do livro do cume



 


Comentários:

Ps 01. Os números da subida: saída do posto as 14:10h, chegada nas torres 15:05, chegada no cume 16:55 h e retorno ao posto 19:10 h. Se o carro tivesse subido seriam 2 horas a menos.

Ps 02. Era o dia tão comentado da super Lua Cheia de 2012.

Ps 03. Foi minha primeira investida de montanha de 2012.

Ps 04. Uma tarde ás vezes funciona.

Ps 05. Veja aqui mais fotos do Mildo.