Jalapão 2019

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Fervedouro Bela Vista - Jalpão 2019

sábado, 26 de junho de 2010

É o trem, é o trem, é o trem do forró - De Recife a Cabo de Santo Agostinho-PE

De É o Trem, é o trem, é o trem do forró

Eu tenho um segredo menina
Cá dentro do peito
Que a noite passada
Quase que sem jeito
Bem na madrugada ia revelar

Foi quando um amor diferente
Tava nos meus braços
Olhei pro espaço
E vi lá no céu
Uma estrela cadente se mudar

Eu lembrei das palavras doces
Que um dia falei pra alguém
Que tanto tanto me amou
Me beijou como ninguém

Que flutuou nos meus braços
Mudou os meus planos
E nossos segredos confidenciamos
Sem hesitar

laiá laiá
laiá laiá
laiá laiá
laiá laiá
laiá laiá
laiá laiá Lá....

(Confidência - Falamansa)

Esse forró pé-de-serra,  que não é de origem nordestina, mas estava lá no trem, não me sai da cabeça. Talvez porque na volta para casa ele teria algum significado.

Último dia de férias no nordeste e na programação o trem do forró que parte do Marco Zero em Recife.
Tudo começou antes da minha viagem, quando o meu amigo Marcos mandou um site sobre um trem do forró, que era uma excursão que sairia em junho de Minas Geraes até a Paraíba, pelas cidades típicas das festas juninas do nordeste como Caruaru e Campina Grande.
Duas semanas antes da viagem para Fernando de Noronha eu resolvi procurar o site no Google. Então me deparei com esse site o Trem do Forró.
Para minha sorte apesar de estar lotado consegui uma reserva e depois de pago fiquei na expectativa.
No dia 26/06, sábado, eu sai de Olinda pensando em almoçar no Mercado São José no bairro do Recife, dar uma volta na região e seguir para o Marco Zero, de onde sairia o trem. Ao chegar no mercado vi que não era o mesmo como em Curitiba, apesar de grande, os espaços de alimentação eram ao redor e não gostei muito do que vi. Então comecei a andar pela região e já pensando no local gastronômico que estava no guia de Recife, próximo ao Marco Zero. E fui andando até lá. E não achei nada, que seria perto do Diário  de Pernambuco. Fui então até o Marco Zero para conhecer o local.
Sem achar um lugar para almoçar resolvi voltar pela ponte Mauricio de Nassau. No meio da ponte olhando para trás a esquerda vi um prédio com o letreiro Livraria Cultura ao lado de um outro antigo reformado. Parecia um shopping e caminhar até lá e não achar com um sol forte do dia, ia ser duro. Ao chegar próximo, vi que era o shopping do Paço da Alfandega, que alivio um lugar para refeição e dar um tempo até as 15 horas quando começaria o evento.

As 15 horas fui até o terminal marítimo para confirmar a reserva e pegar a camiseta do passeio. Os animadores já estavam lá, recepcionando todos e a medida que o tempo passava o povo chegava,. Aproveitei para comprar o CD do passeio com diversas músicas de forró. Quando encontrei uma garota do Espírito Santo, com um véu de noiva da junina. Ela falando que no ano passado tinha ido a Fernando de Noronha e descobriu o trem mas não pode embarcar, mas esse ano ela havia voltado. Bem eu contei a minha história e fui considerado sortudo.  Aparece o trem, e fomos para o embarque. Antes disso tirei várias fotos para os grupos que estavam lá e também tirei fotos tipo modelo, dançarino do trem do forró com algumas garotas. A essa altura fui promovido a noivo, bem muitos foram promovidos.
Na saída do trem forró, um grupo de músicos em cada vagão, com venda de bebidas, 10 vagões numerados e acredito que teriam uns 15 vagões. Seguimos até a cidade de Cabo de Santo Agostinho, na velocidade de 10 km/h com previsão de chegada as 19 horas.
Cada vagão um grupo animado com músicos cantando ou só tocando os instrumentos.  Passei por todos os vagões para ver o clima. Num desses encontrei uma garota que era dançarina animadora. Na  noite anterior a vi na junina do Sitio da Trindade, dançando um forró rápido deeee qualidadeee. Aí dancei com ela. Salvou o meu forró.
Em Cabo de Santo Agostinho-PE uma área coberta e um palco com cantores, sendo 01 a cada hora. Um pouco de brincandeira junina e uma volta pelas barracas, foto de um grupo de pífanos e fui comer um pouco,. No cardápio a canjica do nordeste e uma empadinha, afinal teria mais trem do forró no retorno as 20:30 h.
Na volta fui para o meu vagão número 02 indicado na fita. Lá um grupo baiano cantando axé com uma garota fazendo performance. Até que apareceu uma dupla "muito alegre" dançando e querendo concorrer com a mulata que se requebrava. Claro o pessoal do axé não perdoou e começaram a cantar "é viado, é viado" e eles (ou elas) nem aí. Fui dar uma volta para tentar encontrar a noiva no outro vagão. Não achei e resolvi retornar ao vagão anterior.
Ao me sentar, eu puxei conversa com uma garota que era de Salvador, comentei que aquele era o vagão mais fresco em todos os sentidos, o que provocou um sorriso. Conversamos um pouco até chegarmos de volta ao Marco Zero as 23 horas onde nos despedimos.
Peguei o táxi para Olinda. No caminho resolvi desviar para o Sitio da Trindade, onde supostamente teria um show da Elba Ramalho, conforme o taxista da noite anterior. Chegando lá descobri que não teria nenhuma atração e fui fazer um lanche. Resolvi voltar para o hostel em Olinda, preparar as malas para o dia seguinte e dormir. O vôo no dia seguinte sairia as 10:00 horas.

E assim durante 08 dias passei as férias no nordeste, com direito a festas juninas. Somente lá essa festa é repleta de colorido, entusiasmo e tradição, onde o povo nordestino tem a maior identificação, coisa que no sul não se faz mais. Isto está somente nas lembranças da minha infância. Aqui temos nos contentar com o sertanejo country, a moda do momento, inserido na junina.

Que tesão de férias!

Clique no slide para ver as fotos no Picasa em tamanho maior.





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